quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A importância da música na educação infantil


A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL


A música possui um papel importante na educação das crianças. Ela contribui para o desenvolvimento psicomotor, sócioafetivo, cognitivo e lingüístico, além de ser facilitadora do processo de aprendizagem. A musicalização é um processo de construção do conhecimento, favorecendo o desenvolvimento da sensibilidade, criatividade, senso rítmico, do prazer de ouvir música, da imaginação, memória, concentração, atenção, do respeito ao próximo, da socialização e afetividade, também contribuindo para uma efetiva consciência corporal e de movimentação. 


A musicalização na educação infantil está relacionado a uma motivação diferente do ensinar, em que é possível favorecer a auto-estima, a socialização e o desenvolvimento do gosto e do senso musical das crianças.
 A partir do momento em que a criança entra em contato com a música, seus 
conhecimentos se tornam mais amplos e este contato  vai envolver também o 
aumento de sua sensibilidade e fazê-la descobrir o  mundo a sua volta de forma 
prazerosa. Seus relacionamentos sociais serão marcados através deste contato e 
sua cidadania será trabalhada através dos conceitos que inevitavelmente são 
passados através das letras das canções. 
Apresentar e dar oportunidade à criança de conhecer os vários ritmos e 
gêneros musicais trará a esta criança a possibilidade de tornar-se um ser critico 
capaz de comunicar-se por meio da diversidade musical. A musica também pode ser 
usada na Educação Infantil com crianças de 5 a 6 anos em contribuição para o 
processo ensino-aprendizagem. Utilizando seus vários níveis de alcance desde a 
socialização até o gosto musical da criança. 
       A musica vem ainda contribuir para a formação do individuo como todo. Por meio da musica, a criança entrará em contato com o mundo letrado e lúdico. Observa-se sua importância como valioso instrumento, o qual deverá ser trabalhado e estimulado provocando no educando possibilidades de criar, aprender e expor suas potencialidades. 


VÍDEO SOBRE A IMPORTÂNCIA DA MUSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL




sábado, 27 de outubro de 2012

O EDUCADOR E O LÚDICO


Sair da rotina
Buscar o novo
O caminho percorrido por outrem
Experimentar o diferente...
Esta a magia do humano
Perseguir a transformação
Permanente...
O Agora nunca é o mesmo, ainda que eterno...
Educar será sempre preparar para o amanhã
Levar o jovem a andar com as próprias pernas
Sem medo de errar...
Que significa caminhar...
Assim, inovar em educação
É estar ciente de que "nunca entramos duas vezes numa mesma escola"
Como diria Heráclito
Até porque a criança de hoje já não é a mesma...
(ESPÍRITO SANTO,2002,p.75-76)
Ainda hoje encontramos professores que pensam que "hora de brincar" é hora de brincar e "hora de estudar" é hora de estudar. E relatam que após o término das atividades disponibilizam um momento para que seus alunos brinquem ou outros que seus alunos já brincam durante as aulas de Educação Física.
De acordo com Brougère (2010) "sob o olhar de um educador atencioso, as brincadeiras infantis revelam um conteúdo riquíssimo, que pode ser usado para estimular o aprendizado. Segundo o filosofo "ninguém nasce sabendo brincar. É preciso aprender". E o professor pode enriquecer essa experiência. Mas esta não é a questão: o que se deseja é que a aprendizagem seja englobada ao lúdico e vice-versa. Que esta interação entre a atividade lúdica e a prática educativa resgate o interesse, o prazer, o entusiasmo pelo ato de aprender.
Bem sabemos que por meio do brincar livre a criança aprende, interagem, exploram, experimentam, imitam, mas através do brincar dirigido, elas também aprendem, mas com outra dimensão e uma nova variedade de possibilidades, estendendo-se a um relativo domínio dentro daquela área ou atividade.
Segundo Freire (2002) "ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção." Assim o professor pode ter um meio através do lúdico de proporcionar essa construção e a produção do conhecimento pelas crianças.
Na escola a criança tem a possibilidade de combinar os jogos de livre escolha com os jogos organizados. Por isso, o professor na questão do lúdico é de suma importância, pois ele não será somente alguém que transmite conhecimento, mas quem diretamente influenciar a personalidade da criança.
Novas tarefas passaram a ser colocadas a escola e novas tarefas igualmente se apresentam aos professores. Hoje, mais do que nunca, os professores precisam ser competentes ao extremo.
E isso representa rever suas metodologias e abrir espaço para novas formas de ensinar e novas maneiras de aprender.
Ser educador em tempos de mudança educacionais é uma tarefa árdua, pois estamos marcados pela ansiedade, medo, resistência e ao mesmo tempo esperança. Navega-se sem bússola em caminhos desconhecidos e só tem uma saída: a formação continuada, para que possam se atualizar constantemente de forma a se manter na vanguarda dos processos inovadores da área educacional. Atualmente a educação exige que os educadores sejam multifuncionais, não apenas educadores, mas psicólogos, pedagogos, filósofos, sociólogos, psicopedagogos, recepcionistas e muito mais para que possa desenvolver as habilidades e a confiança necessária nos educandos, para que tenham sucesso no processo de aprendizagem e na vida (MARTINS, QUEIROZ, 2002, p.5).
Cabe ao professor criar situações adequadas para provocar curiosidade na criança e estimular a construção de seu conhecimento. O aspecto criativo do professor em sala de aula é fundamental:
O professor deve atuar como alguém que entende essa importância e, conseqüentemente, dedica tempo para a brincadeira diariamente dentro da escola. Mas que os brinquedos não devem servir na sala de aula como um instrumento para se preencherem os espaços vazios, mas sim "a idéia é de fazer da brincadeira um objeto de estudo para conhecer mais o aluno e os processos de desenvolvimento em que ele se encontra (VITÓRIA, 2005, p.32).

Lúdico e a aprendizagem: o papel do lúdico como instrumento facilitador no ensino aprendizagem

Brincando as crianças conhecem a si própria e aos outros em relação recíproca, para aprender as diferenças sociais e seus comportamentos, os hábitos determinados pela a cultura, para conhecer e identificar os objetos e seus contextos, ou seja, o uso cultural dos objetivos para desenvolver a linguagem e a narrativa, para trabalhar com o imaginário, para conhecer os eventos e fenômenos que ocorrem a sua volta. "A criança precisa brincar, inventar, jogar, para crescer e manter o seu equilíbrio com o mundo." (RALLO, 1993, p.11.)
As funções da brincadeira e permitir a criança o do movimento se relacionar com o outro, explorar o espaço situando-se nele, como os objetos e o próprio corpo. As brincadeiras têm como intuito de promover uma educação diferenciada, uma educação capaz de encarar a ludicidade como um fator motivador, facilitador da aprendizagem cognitiva, afetiva e psicomotora dos educando, tornando-se seres pensantes, dotados de emoções e sentimentos interagindo todo o tempo com o social.
Para SILVA JUNIOR (2005) o brincar é a forma mais fácil e real para se estabelecer relações afetivas com a criança. É um meio para transmitir segurança e confiança para que a sua introdução no processo de escolarização seja saudável e prazerosa, sem sofrimentos e culpas.
Onde a atividade lúdica revela-se como um instrumento facilitador da aprendizagem, pois possui valor educacional intrínseco, criando condições para que a criança explore interaja com seus companheiros e resolva situações problemas. É visto também como um recurso no processo de ensino-aprendizagem, tornado o mais fácil, enriquece a dinâmica das relações na sala de aula e possibilita um fortalecimento da relação entre o ser que ensina e o ser que aprende. "A todo o momento, o professor devera tomar consciência da timidez, liderança, criatividade, inteligência dos alunos. "" (SILVA JUNIOR, 2005, p. 17).
Assim sendo, a vivência de situações concretas com jogos diversos e múltiplas atividades que favoreçam a construção de um ambiente alfabetizado.
A verdadeira aprendizagem não se faz apenas copiando do quadro ou prestando atenção ao professor, mas sim no brincar, muitas vezes, acrescenta ao currículo escolar uma maior vivacidade de situações que ampliam as possibilidades de a criança aprender e construir o conhecimento. O brincar permite que o aprendiz tenha mais liberdade de pensar e de criar para desenvolver-se plenamente.
Aléxis Leontiev (1988) afirma que é na atividade lúdica que o educando desenvolve sua habilidade de subordinar-se a uma regra, mesmo quando um estimulo direto o impede a fazer algo diferente. "Dominar as regras significa dominar seu próprio comportamento, aprendendo a controlá-lo, aprendendo a subordiná-lo a um propósito definitivo". (LEONTIEV apud QUEIROS; MARTINS, 2006, p.7)
O brincar é visto como uma proposta criativa e recreativa de caráter físico ou mental, permitindo assim ao educando criar, imaginar, fazer de conta, funcionar como laboratório de aprendizagem.

O jogo e suas características

O jogo, em seu sentido integral, é o mais eficiente meio estimulador das inteligências.
O espaço do jogo permite que a criança (e até mesmo o adulto) realize tudo quanto deseja. Quando entretido em um jogo, o individuo é quem quer ser, ordena o que quer ordenar, decide sem restrições. Graças a ele, pode obter a satisfação simbólica do desejo de ser grande, do anseio em ser livre. Socialmente o jogo impõe o controle dos impulsos, a aceitação das regras, mas sem que se aliene a elas, posto que sejam as mesmas estabelecidas pelos jogos e não impostas por qualquer estrutura alienante.
Brincando com sua especialidade, a criança se envolve na fantasia e constrói um atalho entre o mundo inconsciente, onde desejava viver, e o mundo real, onde precisa conviver. "É o brinquedo, como, todo material didático da escola, que proporciona condições favoráveis ao desenvolvimento sócio-emocional, cognitivo e afetivo das crianças." (PEREIRA, 2002, p.108).
Ainda que separado os jogos por faixa etária, existem expressivas diferenças entre os jogos para crianças não alfabetizadas e crianças que se alfabetizam.
Monografias.com
Para as crianças não alfabetizadas ainda, os jogos devem ser vistos como leituras da realidade e como ferramenta de compreensão de relações entre elementos significativos (palavras, fotos, desenhos, cores, etc.) e seus significados (objetos). Nessas relações, Piaget destaca quatro etapas que, em todos os jogos, podem ser claramente delineados: os índices, relações significantes estreitamente ligados aos significados (é o caso de um animal indicando sua passagem pelo local); os sinais, relações indicadoras de etapas e marcações dos jogos (como é o caso do apito ou dos sinais de inicio, termino ou etapas), os símbolos, relações já mais distantes entre o significante e o significado (fotos, desenhos, esquemas) e, finalmente, os signos, elementos significantes inteiramente independentes dos objetos (como as palavras e os números).
Utilizando essas etapas, a seleção dos jogos que eventualmente se empregará deverá evoluir de jogos estimuladores de índices aos estimuladores de signos, e, desta forma, jogos que estimulam o tato, a audição, o paladar (índices) devem proceder aos que estimulam ou se apoiam em sinalizações e após estes se tornam inteiramente validos os que levam á descoberta de símbolos (pesquisar revistas, recortar, colar, desenhar, dramatizar) e após símbolos e que já pressupõem a compreensão de letras e desenhos de objetos correspondentes ás palavras.
A inteligência da criança se desenvolvem basicamente por meio da sua própria experiência e interação com as pessoas e com os objetos. É necessário, então, entender o significado que tem nesta idade a experimentação, a curiosidade e a brincadeira infantil: as experiências são o alimento para desenvolvimento do seu pensamento e da sua capacidade de raciocínio. (HAEUSSLER, RODRIGUEZ, 2OO5, p.177).
Pensando em crianças, desde a vida pré-natal até a adolescência, convictos de que o desenvolvimento da inteligência humana não termina nessa faixa etária, ao contrário, cresce por toda vida, principalmente para as pessoas que acreditam no poder de seu cérebro e sabem construir suas próprias motivações.

O desenvolvimento humano: um processo em construção

De acordo com Oliveira (2002) historicamente, diferentes concepções acerca do desenvolvimento humano têm sido traçadas na psicologia. Elas buscam responder como cada um chegou a ser aquilo que é e mostra quais os caminhos abertos para mudanças nessas maneiras de ser, quais as possibilidades de cada indivíduo para aprender. Onde os fatores hereditários e o papel da maturação orgânica têm sido superestimados por correntes afins do biologismo ou do inatismo, que enfatizam a espontaneidade das transformações nas capacidades psicológicas do individuo, sustentando que dependeriam muito pouco da influencia de fatores externos a ele.
Essa corrente de pensamento ainda hoje é particularmente forte na educação infantil, subsidiando concepções de que a educação da infância envolveria apenas regar as pequenas sementes para que estas desabrochem suas aptidões.
Outras correntes explicativas, ao contrario, têm assegurado que o ambiente é o principal elemento de determinação do desenvolvimento humano. Segundo elas, o homem tem plastidade para adaptarem-se a diferentes situações de existências, aprendendo novos comportamentos, desde que lhe sejam dadas condições favoráveis. Na educação infantil tal concepção promoveu a criação de muitos programas de intervenção sobre o cotidiano e a aprendizagem da criança, em idades cada vez mais precoces. Todavia, essa visão minimiza a iniciativa do próprio sujeito e também o fato de as reações dos diversos sujeitos submetidos à pressões de um mesmo meio social não serem semelhantes.
O desenvolvimento humano não decorre da ação isolada de fatores genéticos que buscam condições para o seu amadurecimento nem de fatores ambientais que agem sobre o organismo vivo, o humano inscreve-se em uma linha de desenvolvimento condicionada tanto pelo equipamento biocomportamental da espécie quanto pela operação de mecanismos gerais de interação com o meio (OLIVEIRA, 2002, p.126).
Por essa perspectiva, não há uma essência humana, mas uma construção do homem em sua permanente atividade de adaptação a um ambiente. Ao mesmo tempo em que a criança modifica seu meio, é modificado por ele. Em outras palavras, ao construir seu meio, atribuindo-lhe a cada momento determinado significado, a criança é por ele constituída; adota formas culturais de ação que transformam sua maneira de expressar-se, pensar, agir e sentir, isto é, seu desempenho, através do corpo, com suas representações.

Espaço para o lúdico

A fantasia do brincar caracteriza a didática a ser desenvolvida para faixa de idade da educação infantil, o que determina focar o espaço para o lúdico.
Embasada em experiencia própria e pelas observações nos estagios, os professores que atuam em classes iniciais (creche, jardim de infância e mesmo as primeiras séries do ensino fundamental) já passaram pela experiência de observar os seus alunos em atitudes, no mínimo, curiosas: conversam com brinquedos e objetos como se vida tivessem, transformam terra, pedras, papéis em comidinha e servem para os amigos, assumem personalidades de outras pessoas tratando de doentes como se médicos fossem, ensinados aos seus alunos como os professores, cuidando dos filhos igual aos pais, conversando como comadres.
Monografias.com

Para melhor lidar com estas questões, antes de mais nada, o professor deve procurar entender a natureza infantil.
Brincar é um ato tão espontâneo e natural para a criança quanto comer, dormir, andar ou falar. Basta observar um bebê nas diferentes fases de seu crescimento para confirmar tal fato: logo que descobre as próprias mãos, brinca com elas; a descoberta dos pés é outro brinquedo fascinante; diverte-se com a voz quando balbucia os primeiros sons, cospe a chupeta ou o alimento vezes seguidas atira, incansavelmente, um objeto ao chão, desafiando a paciência de quem o apanha: levanta-se e torna a cair entretendo-se com isto pula sem parar; corre sem se cansar.
O brincar é o fazer em si , um fazer que requer tempo e espaço próprios; um fazer que se constitui de experiências culturais, que é universal e próprio da saúde, porque facilita o crescimento, conduz aos relacionamentos grupais, podendo ser um forma de comunicação consigo mesmo (a criança) e com os outros. (WINNICOTT apud MARTINS, QUEIROS, 2002, p.13).
É brincando que a criança conhece a si e ao mundo quando mexe com as mãos e os pés, segura a chupeta ou um brinquedo, seja levando-os à boca, sacudindo ou atirando-os longe, vai descobrindo suas próprias possibilidades e conhecendo os elementos do mundo exterior através da comparação de suas características, tais como, macio, duro, leve, pesado, grande, pequeno, áspero, liso.
Enquanto brinca, aprende quando corre atrás de uma bola, empina uma pipa, rola pelo chão, pula corda, está explorando o espaço à sua volta e vivenciando a passagem do tempo.

As segundas intenções e os benefícios do brincar

O lúdico não deve ser visto meramente como um passatempo.
Brincando a criança não apenas enriquece o desenvolvimento social durante as brincadeiras, mas também o pensar, o levantar hipóteses, solucionar problemas além de construir conhecimento e enriquecer o desenvolvimento intelectual.
Necessariamente a criança não depende de objetos para brincar, pode criar situações de faz-de-conta assim sendo, a criança pode manifestar sua independência, pois cabe a ela escolher a brincadeira, seu parceiro e de que forma ela irá desenvolver.
As funções que o brincar assumem na infância é revelar sua complexidade, sugerindo que compreenda sua importância e tem para o ser humano em qualquer idade e de desenvolvimento cultural de um povo.
Brincando as crianças podem colocar desafios e questões a serem por elas mesmas resolvidas, dando margem a hipóteses de soluções para os problemas colocados.
Muitos adultos quando referem-se à criança e ao que lhe é pertinente, referem-se de uma maneira pejorativa, desqualificada ou desconsiderada. Muitos consideram que "brincar" é o verbo da criança. Mas o brincar é a maneira como ela conhece, experimenta, aprende, aprende, vivência, expõe emoções, coloca conflitos, elabora-os ou não interage consigo e com o mundo.
Felizmente Froebel (2009) ousou olhar de forma diferenciada para as crianças e foi um dos primeiros educadores a considerar o início da infância como uma fase de importância decisiva na formação das pessoas. Onde suas técnicas são utilizadas até hoje na Educação Infantil. Para ele, as brincadeiras são o primeiro recurso no caminho da aprendizagem. Não devendo ser consideradas como apenas diversão, mas um modo de criar representações do mundo concreto com a finalidade de entendê-lo.
O corpo é um brinquedo para a criança. Através dele, ela descobre sons, descobre que pode rolar, virar cambalhota, saltar, manusear, apertar, que pode se comunicar. O mesmo brinquedo pode servir de fonte diferente de exploração e conhecimento. Uma bola para uma criança de dois anos pode ser fonte de interesse com relação a tamanho, cor e para uma criança de seis anos o interesse pode ser mais redacional: jogar e receber a bola do outro, fazer gol.
É importante que a criança possa brincar sozinha e em grupo, preferencialmente com crianças de idade próximas. Desse modo ela tem possibilidade, também, de ampliar sua consciência de si mesma, pois pode saber como ela é num grupo que é mais receptivo, num outro que é mais agressivo, num que ela é líder, num outro em que é liderada, etc. Lidando com as diferenças, ela amplia seu conjunto de vivências.
Infelizmente as crianças hoje entendem por brincadeira os jogos eletrônicos. Ficando as mesmas sem se movimentarem, onde se tornam sedentárias e obesas. Esqueceram-se do prazer que proporciona as brincadeiras tradicionais como, por exemplo, pular corda, elástico, pique alto, esconde-esconde, passar anel, mar vermelho, etc, que fazem com que as crianças se movimentem a todo tempo, gastando energia e dando liberdade para criar proporcionando alegria e prazer.
As razões para brincar são inúmeras, pois sabemos que a brincadeira só faz bem. Tanto faz bem que o direito de brincar é amparado por lei. O brincar favorece a descoberta, a curiosidade, uma vez que auxilia na concentração, na percepção, na observação, e, além disso, as crianças desenvolvem os músculos, absorvem oxigênio, crescem, movimentam-se no espaço, descobrindo o seu próprio corpo.
O brincar tem um papel fundamental neste processo, nas etapas de desenvolvimento da criança. Na brincadeira, a criança representa o mundo em que está inserida, transformando-o de acordo com as suas fantasias e vontades e com isso solucionando problemas. Mas alguns cuidados devem ser tomados com esta relação da criança com o brinquedo, como por exemplo: brincar deve ser divertido, prazeroso e não tarefa e o brinquedo devem estar de acordo com o interesse da criança.
Seguem algumas sugestões de brinquedos de acordo com a faixa etária, que tiveram como fonte o livro O direito de brincar, Ed. Fund. Abrinq apud OLIVEIRA, 2006.
  • Três meses: Chocalhos, mordedores, figuras enfiadas em cordão para instalar no berço ou carrinho.
  • Seis meses: Quadros com peças coloridas, de formas diversificadas, peças que correm em trilhos.
  • Oito meses: Bolas, cubos em tecidos, caixas de música com alça para puxar.
  • Dez meses: Bonecos em tecido com roupas fixas, animais em tecido (não pelúcia), sem detalhes que possam ser arrancados.
  • Um ano: Cavalinhos de pau, carrinhos de puxar e empurrar, blocos de construção simples, cadeiras de balanço.
  • Dois ano: Veículos sem pedais, que se movem pelo impulso dos pés.
  • Três anos: Veículos com pedais, triciclos, bonecas com pés e mãos articulados, jogos de memória.
  • Quatro anos: Roupas de fantasia, super-heróis, máscaras.
  • Cinco anos: Miniaturas de figuras simples, soldados de chumbo, maquiagem, bolsas, bijuterias, móveis do tamanho da criança.
  • Seis anos: Aviões, barcos e autoramas.
  • Oito anos: Jogos de xadrez, damas, simulação e mistério.
O brinquedo pode conter uma série de significados para a criança, mesmo que ela não o use, não ligue para ele, ou ele já esteja surrado e quebrado. Ele pode ser um amigo, um conforto, uma segurança e desse modo ela pode não ter condições ou vontade de se desfazer do brinquedo num determinado momento. O que nada tem a ver com ser ou não ser egoísta.
Algumas questões polêmicas surgem quando fala-se desta relação do brincar. São elas:
  • Menino pode brincar de boneca e menina de bola? Alguns pais ficam aflitos com esta questão, pois acreditam que a sexualidade será definida a partir desta escolha. Neste caso, é bom informar que a criança irá definir sua sexualidade a partir do contexto que vivenciam. Da forma como pai e mãe se relacionam, de como o papel masculino e feminino lhe são apresentados no cotidiano, como estes pais se relacionam com a criança, de como esta criança vai sendo criada.
  • Arma de brinquedo produz agressividade? Agressividade é um sentimento que todos nós temos e culturalmente lidamos mal. Normalmente a associamos com violência, ou a vemos apenas pelo seu aspecto destrutivo. Não nos damos conta de que precisamos dela para procurar um emprego, para comermos, para criarmos, para fazermos um artigo para o jornal, etc. Quando uma criança diz que está com raiva, logo é atropelada pelo adulto que diz: "Você não gosta de mim não?" Como se uma coisa fosse impeditiva da outra.
  • O uso de vídeo-game e computador ajuda ou atrapalha no desenvolvimento da criança? O excesso atrapalha. Uma criança que passa várias horas na frente do computador acaba não se relacionando com outras coisas e pessoas que são importantes para um desenvolvimento melhor. O bom é que ela possa ter condições de fazer várias experiências para ter uma visão de mundo mais ampla.
É preciso também que o adulto esteja atento ao uso dessa criança na internet, por exemplo, onde ela tem acesso a todo tipo de informação e de pessoas. O cuidado e avaliação constantes do adulto devem caminhar no sentido de auxiliar a criança a desenvolver senso crítico. A realidade deve ser apresentada à criança aos poucos na medida de suas possibilidades, necessidades e etapa evolutiva.

fonte:Vanderléia Moreira Barrozo 

Ensino – Aprendizagem: Os Múltiplos Desafios


Há tempos, a avaliação era motivo para medo, tensão e ansiedade. Hoje em dia, as idéias em relação a este processo mudaram bastante, podendo evoluir ainda mais. O que se precisa fazer é escolher o método avaliativo ideal para cada grupo em questão. Sendo assim, o processo será melhor aproveitado tanto pelo educador como para o educando.
O educador precisa estar atento ao grupo analisado, percebendo que o desempenho do aluno pode ser mensurado pela maneira com que se trabalham os conteúdos, na sua participação nas aulas, no contato com o grande grupo, etc. Através dessa observação o educador pode ver onde há dificuldades e também as vitórias da turma, podendo escolher qual é a melhor forma de trabalhá-las. Acima de tudo, o crescimento pessoal e em grupo do aluno deve ser levado também em conta, não só a nota atribuída a ele através de métodos avaliativos escritos.
É importante para o educando saber como será avaliado no decorrer dos trabalhos em sala, e também quais os critérios utilizados pelo educador nesse momento. Estando por dentro desse contexto, haverá maior empenho e preparação do aluno. Nestes casos, o processo avaliativo tende a ser mais bem sucedido tanto para o professor como para o aluno, além de tudo pode-se interpretar de forma mais clara os resultados alcançados no processo ensino-aprendizagem.
Mas o grande passo para o processo avaliativo de sucesso consta em inovar sempre. Buscar esses métodos analisando a realidade do aluno, facilita muito na escolha da melhor forma avaliativa. Desmistificando o “terror” do processo avaliativo, o professor alcançará os resultados positivos e esperados com mais facilidade e aproveitamento. Importante ainda dizer que o aluno deve ter oportunidade de participar da elaboração das regras, dos limites, dos critérios de avaliação, das tomadas de decisão, além de assumir pequenas responsabilidades.
Um processo avaliativo interessante são os seminários, onde é possível uma troca rica de vivências e experiências. O conteúdo trabalhado pode ser mais bem explanado e discutido de forma simples, informal e completa.   A auto-avaliação pode ser muito proveitosa também. O aluno torna-se crítico e analisa seu processo de aprendizagem. Essa análise faz o aluno perceber onde há dificuldades e também os pontos fortes nesse processo. Além disso, o professor pode sugerir atividades para melhoria dessas dificuldades, e não corre o risco de ser injusto em alguma avaliação. 
Essa forma avaliativa pode ser através de questionários, de conversas no coletivo ou de entrevistas individuais. Pretende-se que ela ajude o aluno a criar senso de responsabilidade, o faça exercitar a capacidade de autocrítica, que o instigue a refletir sobre sua conduta. Este é realmente o papel da auto-avaliação.
Os conselhos de classe são uma forma de melhorar o trabalho docente em sala e também adaptar o currículo da forma mais flexível para o grupo. Nas reuniões pode haver a troca de experiências entre os educadores e também diversas opiniões sobre os alunos em questão. Uma sugestão para enriquecer ainda mais essas reuniões é interagir com a família do aluno. A troca de experiências família x escola pode ser muito produtiva quando o assunto é avaliação. As escolas deveriam investir nessa interação sempre que possível.
A avaliação é um dos meios pelos quais podemos conhecer os alunos. Ela permite acompanhar os seus passos no dia-a-dia. Descreve as trajetórias, seus problemas e suas potencialidades, favorecendo que o trabalho de ensino-aprendizagem se dê de forma coerente com os objetivos e desejos de professores e alunos.
É muito simples tratar a avaliação ao nível de importância de seus instrumentos. Alguns teimam em entender por avaliação os tipos de provas, de exercícios, de testes, de trabalhos etc. Mas a avaliação deve ser vista como um processo amplo da aprendizagem, indissociável do todo, envolvendo responsabilidades do professor e do aluno. Ao tratar a avaliação dessa forma, percebemos seus verdadeiros propósitos, sua relação com o ensinamento, seu aspecto formativo e contínuo no processo educacional da atualidade.

fonte: Vanessa Sanceverino Esteves é Coordenadora do DC na Sala de Aula
Publicado no Suplemento DC na Sala de Aula

Educadores libertados


Se Marx se perguntasse, hoje, 'quem educa os educadores', enfatizaria a formação intelectual, política, cultural e libertadora do educador e não realçaria a figura do professor ou do instrutor limitados por alienantes currículos. Marx não imaginaria, porém, que, num contexto de circunstâncias manipuladas, o conceito de educador pudesse ser corrompido pelo capital, fazendo com que o perfil do educador pudesse ser comparado a um tipo de empresário, de um comerciante ou de um sofista da educação. 
A própria sociedade brasileira já não faz a diferença entre o educador e o mercenário da educação graças à mídia que sustenta, massifica e fortalece essa espécie de comércio de informações, conhecimentos e diplomas na lógica neoliberal que se apropriou espertamente dos conceitos democráticos, humanistas e universais para fazer valer suas ideologias de mercado e de consumo.
Mas, se os educadores não estão sob os holofotes da mídia, por onde andarão e o que estarão fazendo que não rompem com a invisibilidade a que estão submetidos pelo sistema oficial, pelos 'donos' das escolas e das universidades, pelas elites que se sentem incomodadas com a práxis da libertação de consciências e de sentimentos que formam homens e mulheres livres para reinventar a democracia brasileira?
Os educadores estão espalhados pelas comunidades periféricas, pelas universidades, pelas escolas fundamentais e médias e por todos os lugares em que seja necessária a presença de um educador – docência, imprensa, saúde, trabalho, política - para decifrar o mundo, interpretá-lo e transformá-lo pelo conhecimento e pela cultura, pela razão e pela emoção, utilizando-se para isso da cotidianidade comum a todos.
Se a sala de aula é identificada por uma relação dialógica, de perguntas, interrogações, questionamentos, a resposta exige tempo de estudos, de reflexões, de pesquisas, de se preparar política e culturalmente para responder aos interlocutores na família, na rua, na sociedade. É a educação continuada e permanente para a autonomia intelectual e política para o discernimento e para a lucidez.
É o caso da professora de Salto de Pirapora (SP) que vasculha o cotidiano por meio da leitura de jornal bancado também pelos seus alunos de duas turmas de 6ª série mediante 'vaquinha' que paga a assinatura que não cabe mais no bolso da mestra. Pela via do jornal e de outras mídias há todo um processo de leitura, compreensão e interpretação de textos ou da palavra transformadora de circunstâncias e mais a reflexão crítica de tendências políticas, econômicas e culturais da mídia convencional e alternativa que objetiva, no processo de ensino e educação, a formação de um leitor sem cabrestos ideológicos.
No Para e no Amapá, a leitura do jornal em sala de aula revela a excelência profissional de muitos professores por um trabalho de qualidade pedagógica que os aproxima inclusive, das comunidades. O Programa 'O LIBERAL na Escola' recolhe há anos relatos e testemunhos de como se faz ensino com educação em sala de aula, como uma aula é oxigenada pela realidade do entorno da escola, como o professor se transforma num educador, num orientador e num sábio disponível para transformar as misérias humanas, sociais, econômicas dos alunos em um mundo de maiores possibilidades humanas. 
São esses professores de Belém, Macapá, Castanhal, Santarém, Rio de Janeiro, São Paulo que anonimamente, invisíveis para os sistemas, sem quaisquer recursos materiais modificam o rotineiro ensino num trabalho coletivo de educação em que crianças, adolescentes e jovens aprendem a pensar, a falar, a agir, a dirigir-se ao outro sem medo e sem controladores escolares que lubrificam a manutenção dos amortecedores sociais. 
São esses educadores que se educam pelos saberes populares e com eles compartilham conhecimentos, abrem perspectivas de mundo para milhares de crianças, adolescentes e jovens, e não se deixam seduzir pelas elites dominantes que privatizam o conhecimento para evitar que o povo seja o dócil rebanho dos colonizadores neoliberais.
Meirevaldo Paiva é educador
Artigo publicado no jornal O Liberal (11.02.2008) http://www.anj.org.br/jornaleeducacao/biblioteca/artigos/educadores-libertados

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Ensinar e Educar


O PAPEL DA AVALIAÇÃO NA APRENDIZAGEM


Por que é importante ler e ouvir histórias?

                                  

Desde pequenas, as crianças se divertem escutando histórias ou observando as ilustrações de um livro. Além de entreter, as histórias infantis também educam as crianças e deve ser um hábito cultivado desde cedo.

Mundos de fantasia
As histórias estimulam a fantasia. Por seu intermédio, as crianças são capazes de imaginar realidades diferentes, conhecer seres pouco convencionais, transgredir os códigos e temas estabelecidos. 


É importante encorajar seu filho a criar suas próprias aventuras e personagens. Esta prática reforça sua liberdade criativa e sua auto-estima.


O que fazer com os monstros?
Muitos pais evitam contar a seus filhos histórias de monstros, temendo que eles possam ter pesadelos ou fantasias prejudiciais. É importante levar em conta que as histórias ensinam as crianças a estabelecer os limites entre realidade e ficção.


A criança que se acostuma a ler histórias de monstros e outros personagens fantásticos aprenderá que estas figuras são imaginárias, que são representações simbólicas de outros temores. Identificando-se com os protagonistas "bons" na luta contra os personagens "maus", ela supera emoções negativas e libera tensões.

Heróis perigosos?
As crianças se identificam naturalmente com os heróis das histórias. Não é preciso temer que elas imitem as ações fantásticas e impraticáveis destes personagens. As crianças costumam compreender que os heróis de ficção não agem na esfera do mundo real, e raramente imitam seus comportamentos além do terreno imaginário de jogos e brincadeiras.


Se você pedir a seu filho que invente sua própria história, é muito provável que ela pareça mais distante da realidade que qualquer história infantil.

A função da "moral da história"
Quase todas as histórias tradicionais possuem uma moral, que sintetiza um aspecto da época em que foram escritos, uma visão do que é bom ou ruim.

Os tempos mudaram, mas muitas destas histórias continuam sendo muito valiosas. Elas podem servir de ponto de partida para você conversar com seus filhos sobre atitudes negativas, como a inveja, o egoísmo e a agressividade, e outras positivas, como a generosidade, a capacidade de ouvir e o respeito pelos outros.



O cantinho da leitura
Como as histórias nos transportam a um lugar especial, em que a fantasia é a protagonista, uma boa ideia é sugerir a seus filhos que preparem um cantinho da casa destinado à leitura. 
O espaço poderá dispor de uma biblioteca para guardar os livros, poltronas ou um tapete sobre o qual poderão ler confortavelmente, e uma mesa com cadeiras para que possam escrever suas próprias histórias, ou ilustrar as que escutam. O cantinho também pode ter uma arara com fantasias, que as crianças poderão vestir para dramatizar as histórias, e um espelho para penteados e maquiagens.
Sugerimos aqui um cartaz, que as crianças podem colorir e colocar na entrada do cantinho de leitura. 

FONTE:Site Discovery kids
http://amoremensinar19.blogspot.com.br/2012/07/por-que-e-importante-ler-e-ouvir.html


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Aprendizagem na escola


A educação — preparação de cada ser humano para a vida social — acontece na família, no grupo social mais amplo, na escola, no trabalho. Cada um desses espaços realiza predominantemente um aspecto da formação do indivíduo.
A escola deve responder pelo acesso ao conhecimento que se considera necessário à inserção social, para que os mais jovens se apropriem das conquistas das gerações precedentes e se preparem para novas conquistas. Faz isso através da seleção e organização de situações planejadas especialmente para promover a aprendizagem dos conteúdos que são culturalmente valorizados pela sociedade em que ela se insere.
O trabalho escolar pode assumir formas diversas, de acordo com as diferentes maneiras de se entender a função da escola, o papel do indivíduo na sociedade e o próprio processo de ensino e aprendizagem.
Isso pode ser percebido na postura que o professor assume em sala de aula, às vezes numa simples fala: “Dar aula para esses meninos dá gosto. Eles são quietos e educados. Não ficam me interrompendo com perguntas. Aluno tem mesmo é que ficar escutando, prestando atenção”.
A fala desse professor reflete velhas concepções de aprendizagem, do papel da escola e do ser humano na sociedade. Ainda hoje, é possível encontrar professores que expressam uma visão autoritária sobre a escola.


fonte: http://www.construirnoticias.com.br/asp/materia.asp?id=1248


Qual o Papel do Professor no Processo Ensino Aprendizagem?


A agilidade da evolução histórica da humanidade, a globalização e o surgimento de tecnologias cada vez mais avançadas contribui para que ocorram mudanças, também, na Educação.
A interação professor - aluno vem se tornando muito mais dinâmica nos últimos anos.
O professor tem deixado de ser um mero transmissor de conhecimentos para cada vez mais ser mais um orientador, um estimulador de todos os processos que levam os alunos a construírem seus conceitos, valores, atitudes e habilidades que lhes permitam crescer como pessoas, como cidadãos e futuros trabalhadores, desempenhando uma influência verdadeiramente construtiva (BOLANDIM, 2006).
No processo de aprendizagem as dimensões afetivas e cognitivas são inseparáveis, pois incorpora maneiras de pensar, sentir e agir que constituem o sujeito. O ideal é que as instituições escolares sociabilizem as novas gerações para sua inserção nos padrões sociais para garantir ferramentas da cultura através da promoção de relações harmoniosas e carregadas de valores e princípios (FRANCO, 2012).
Conforme Gadotti (1998), o conhecimento e desempenho eficaz da atividade pedagógica não requerer apenas o domínio de conteúdos e dos métodos e rotinas de trabalho essenciais ao professor, mas também o potencial de criatividade do educador. O processo de estímulo à criatividade do docente assume então grande dimensão, envolvendo a complexidade da personalidade do professor, no que diz respeito a seus recursos e potencialidades, aplicados no ato pedagógico.
O professor atua como influência direta no aluno em sua disposição em aprender e a forma como recebe os conteúdos trabalhados.
O professor deve buscar além de todo o seu arcabouço de domínio do conteúdo entender a amplitude de seu trabalho educativo. Observando a si, olhando para o mundo, reobservando a si e sugerindo ao aluno direções no aprendizado. Dessa forma o professor  encoraja o aluno  a se aventurar no mundo do conhecimento e das relações entre os outros humanos. (FRANCO, 2012)
A fluidez e flexibilidade do pensar pedagógico dependem da capacidade do educador de examinar e avaliar o problema que se apresenta, sob os vários aspectos que o compare. Ampliando o conjunto de enfoques, de pontos de vista e de dados sobre um problema e sobre problemas análogos, o pensamento do docente tornar-se-á mais flexível e maiores serão suas possibilidades de enfocar um problema sob um novo prisma, e assim buscar soluções criativas para o mesmo. (BOLANDIM, 2006)
Drucker (apud Cunha 1993), tem uma visão prospectiva do papel do professor fazendo a seguinte afirmação: "O professor será cada vez mais um supervisor e um mentor - talvez se aproximando bastante do que ele era na universidade medieval vários século atrás. O trabalho do professor será ajudar, orientar, servir de exemplo, incentivar. É bem possível que o seu trabalho deixe de ser primordialmente transmitir a matéria em si":
É preciso que os alunos encontrem sentido no que fazem na sala de aula, eles necessitam sentirem-se incluídos nesse processo, valorizados os seus saberes e importante como contribuinte. O docente deve oferecer atividades significativas, desafiadoras, contextualizadas, levando em conta os conhecimentos prévios dos educandos e incentivando para o desenvolvimento do seu potencial. Dessa forma o professor resgata a auto-estima, facilita e promove a admissão de todos os alunos no mundo letrado, do conhecimento. (BOLANDIM, 2006)
Para desempenhar adequadamente esse importante papel, o professor, deve se adequar ao maior número de meios e linguagens para mediar o conhecimento a fim de melhorar a aprendizagem. Sua postura deve ser diante de procurar uma forma melhor de exercer o seu trabalho, proporcionando ao aluno percepções positivas de sim mesmo promovendo a interação dos alunos em grupo.
fonte: Tamaris Fontanella
http://www.artigonal.com/educacao-infantil-artigos/qual-o-papel-do-professor-no-processo-ensino-aprendizagem-6262343.html

A LITERATURA INFANTIL: ENTRE O REAL E O IMAGINÁRIO


Contar história é uma arte milenar, mas o que muitos não sabem é sua contribuição no desenvolvimento das crianças. Os estudos de Vygotsky demonstram que a criança aprende pela interação social. Para ele, o desenvolvimento da criança é produto de instituições sociais e sistemas educacionais, como a família, escola, igreja que ajudam a construir o próprio pensamento e descobrir o significado da ação do outro e da própria ação. Sobre a interação social REGO expõe que:
É por essa razão que Vygotsky afirma que os processos de funcionamento mental do homem são favorecidos pela cultura, através da mediação simbólica. A partir de sua inserção num dado contexto cultural, de sua interação com os membros de seu grupo e de sua participação em práticas sociais historicamente construídas, a criança incorpora ativamente as formas de comportamento já consolidada na experiência humana. (2007, p.55)
No entanto, o nível de desenvolvimento potencial é definido pelo nível em que a criança alcança sucesso numa tarefa com a ajuda de outros mais experientes (pai, professor, colega). "A distância entre aquilo que ela é capaz de fazer de forma autônoma (nível de desenvolvimento real) e aquilo que ela realiza em colaboração com outros elementos de seu grupo social (nível de desenvolvimento potencial) caracteriza" o que Vygotsky denomina de zona de desenvolvimento proximal. (REGO, 2007, p.73). Por isso, a proposta do termo zona de desenvolvimento proximal (ZDP) em sua teoria, é aquela em que a escola deve atuar. É no mesmo espaço que o professor, agente mediador (por meio da linguagem, material cultural), intervém e auxilia na construção e elaboração de estratégias pedagógicas no desenvolvimento do aluno.
Ainda assim podemos ver o sentido atribuído à literatura infantil (estimular o exercício da mente, despertar a criatividade...). O que importa, entretanto, é ver que o livro pode ser um objeto para que a criança reflita sua própria condição pessoal (e a imagem projetada nela pelo adulto) e a sociedade em que vive.
A literatura infantil pode ser um elemento facilitador para uma instigação de sentidos que auxilie no desenvolvimento emocional e cognitivo da criança. A ludicidade presente nessa literatura pode quebrar de imediato alguns obstáculos que impedem a aprendizagem.
Para crianças não-alfabetizadas, o professor é o elo ao mundo da fantasia e isso poderá ser usada como estratégia para motivar as atividades de leitura e interpretação, pois a literatura infantil contribui em vários aspectos da educação do aluno como afetividade, compreensão e inteligência. É comum perceber que a literatura infantil não é um campo de estudo explorado e na maioria das vezes é usada na escola sem nenhuma relação com o ensino, pois não é reconhecida com estimulador cognitivo e pedagógico para o desenvolvimento infantil e não é entendido como atividade da leitura enquanto postura reflexiva.
Quando se conta uma historia, começa-se abrir espaço para o pensamento mágico. A palavra, com seu poder de evocar imagens, vai instaurando uma ordem mágico poética, que resulta do gesto sonoro e do gesto corporal, em balados por uma emissão emocional, capaz de levar o ouvinte uma suspensão temporal. Não é mais o tempo cronológico que interessa e, sim, o tempo afetivo. É ele o elo da comunicação.  (SISTO, 2005, p. 28)
Quando o contador se coloca como veículo do texto e faz uso somente da voz para dar-lhe vida, o ouvinte tem a possibilidade de, através de suas próprias imagens mentais, atuar como co-criador, segundo a estética da recepção, preenchendo as lacunas do texto através de configurações, representações, que lhe são próprias, implicando-se no texto e, dessa forma, participando do ato de leitura, pois ouvir contos é uma forma de ler.
Ao lidar com a literatura infantil em sala de aula, o professor estabelece a relação dialógica com o aluno, com sua cultura e com sua realidade quando, para além de contar ou ler a história (informar os alunos sobre ela), cria condições para que eles lidem com a história a partir de seus pontos de vista, trocando impressões sobre ela, assumindo posições e personagens, criando novas situações através das quais eles vão descobrindo a história original.
 A linguagem constante na literatura infantil, auxilia o educador a levar a criança a reconstruir (construir um novo ponto de vista) das percepções de objeto, espaço e tempo. As histórias mostram à criança que as pessoas são diferentes e que cabe a nós fazermos nossa opção de vida. Ensinam a enfrentar os problemas acreditando na vitória do bem: o obstáculo enfrentado e vencido nos fortalece para enfrentarmos novos obstáculos. Ajudam a criança a abandonar sua condição de dependência infantil e a crescer com mais confiança interior. Sabemos que a história desperta a curiosidade para prender a atenção da criança. Mas, mais que isso, ela estimula a imaginação e trabalha as emoções para poder enriquecer a vida.
Fonte:Elma Dourado Nery e Francisco Cleiton Alves 
http://www.artigonal.com/educacao-infantil-artigos/a-literatura-infantil-entre-o-real-e-o-imaginario-5929761.html

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Escola



                                           
Escola é...
O lugar onde se faz amigos
Não se trata só de prédios, salas, quadros,
Programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente,
Gente que trabalha, que estuda,
Que se alegra, se conhece, se estima.
O diretor é gente,
O coordenador é gente, o professor é gente,
O aluno é gente.
Cada funcionário é gente.
A a escola será cada vez melhor
Na medida em que cada um
Se comporte como colega, amigo, irmão.
Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”.
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir
Que não tem amizade a ninguém
Nada de ser como o tijolo que forma a parede,
Indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só
Trabalhar,
E também criar laços de amizade,
É criar ambiente de camaradagem,
É conviver, é se “amarrar nela”!
Ora, é lógico...
Numa escola assim vai ser fácil
Estudar, trabalhar, crescer,
Fazer amigos, educar-se,
Ser feliz.

Paulo Freire